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A inflamação aguda do pâncreas pode ser considerada uma catástrofe abdominal em sua forma grave. Felizmente, 80-85% das suas apresentações são sob a forma leve. Entretanto, não conseguimos prever antes do evento qual será o seu curso e desenvolvimento. Trata-se de uma patologia que pode ter consequências sistêmicas importantes e é responsável pelo maior número de internações de urgência relacionadas ao trato gastrintestinal no EUA.
As duas causas mais comuns da pancreatite aguda são a doença litiásica das vias biliares (pedra na vesícula) e consumo abusivo de álcool, perfazendo cerca de 80% das causas. O sintoma preponderante da Pancreatite Aguda é a dor abdominal. Tipicamente uma dor “em faixa” no andar superior do abdome, de forte intensidade, que pode irradiar para o dorso e estar associada a náuseas e vômitos.
O diagnóstico desta afecção é dado por um tripé de achados clínicos, laboratoriais e radiológicos. Uma vez diagnosticada, deve-se avaliar a sua gravidade, pela presença ou não de sinais de disfunção orgânica. Os pacientes com pancreatite grave, geralmente associada a necrose de parte do pâncreas, complicações locais e sistêmicas e disfunção orgânica persistente, devem ser tratados por Equipe Multidisciplinar, em ambiente de UTI. Após remissão do quadro agudo, a causa da pancreatite deve ser tratada. Gastroenterologistas, Cirurgiões, Intensivistas, Endoscopistas, Nutrólogos, são especialistas importantes no tratamento desta doença, em sua forma grave.
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