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  • Foto do escritorDr. Adriano Sampaio

DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA

QUEM TEM ÚLCERA NO ESTÔMAGO, PODE TER CÂNCER NO FUTURO? 🤔


Úlceras Pépticas são defeitos (“feridas”) na mucosa gastroduodenal (interior do estômago e duodeno), profundas (estendendo-se através da camada “muscularis mucosae”), que persistem em função da atividade ácido-péptica no suco gástrico (meio extremamente ácido no interior do estômago e duodeno proximal). As Úlceras Pépticas ocorrem em 02 formas mais comuns: associadas à Helicobacter pylori; associadas ao consumo de drogas anti-inflamatórias não-esteroidais (AINEs), incluindo a Aspirina.

H. pylori, sem dúvidas a causa mais comum de infecção bacteriana no mundo inteiro, causa uma gastrite crônica ativa, que pode envolver todo o estômago, mais predominantemente a região antral do mesmo (região mais próxima do duodeno). Este micro-organismo coloniza a mucosa gástrica humana, induz inflamação e pode persistir sem causar sintomas. H. pylori induz uma gastrite associada à úlcera. A prova da associação causal entre H. pylori e úlcera péptica reside em 02 pontos: 1) o fato de haver uma estreita associação entre eles – a vasta maioria dos pacientes com úlcera são infectadas por H. pylori; 2) o fato de que a cura do H. pylori reduz a recorrência da úlcera.

Úlceras e Câncer Gástrico:

Postula-se que a sequência de eventos na histologia da mucosa gástrica que leva ao surgimento do Adenocarcinoma Tipo Intestinal do Estômago (uma forma de câncer do estômago) são: gastrite crônica superficial à gastrite atrófica à metaplasia intestinal à displasia à adenocarcinoma. Desta forma, é possível se estabelecer uma correlação epidemiológica entre infecção por H. pylori, úlceras do estômago, gastrite crônica atrófica e câncer de estômago.

O tratamento da doença ulcerosa péptica passa pela erradicação do H. pylori, bloqueio da atividade ácida do estômago (medicamentos), drogas protetoras da mucosa gastroduodenal, re-adequação de hábitos de vida e hábitos alimentares, cessação dos fatores lesivos (AINEs, álcool, tabaco, etc), podendo até necessitar de tratamento cirúrgico em alguns casos, embora menos comum nos dias atuais.

Não subestime suas queixas, nem seus achados endoscópicos.

Consulte um Gastroenterologista ou um Cirurgião do Aparelho Digestivo.


Confira esses e mais conteúdos no Instagram Dr. Adriano Sampaio



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